terça-feira, 16 de novembro de 2010

E ele não falou nada...

Aconteceu um dia desses e quero dividir com vocês a situação e a informação.
A idéia não é virar um divã, apenas expor uma situação, preservando a pessoa, o local, mas pensando na situação. Durante um dia de evento vi uma criança parada e um pouco triste, assim que percebi fui conversar com ela e ao perguntar o que aconteceu, ela me respondeu:

Criança (C): Nada.
Eu: Como nada?
Você esta com lagrimas nos olhos!
C: Nada não...
Tentei uma hipótese, falaram algo que você não gostou?
C: Sim (crianças tristes têm momentos monossilábicos)
Eu: Como assim?
C: Fui o ultimo a chegar aqui!
Eu: E eles te chamaram de que? (O garoto era maior do que crianças de sua idade, por volta de 12 anos, e aparentemente acima do peso)
C: Riram porque eu fui o ultimo, mas isso tudo bem...
Eu: Tudo bem? Então não estou entendendo!
C: Sabe o meu amigo que estava conversando comigo antes?
Eu: Sei
C: Ele viu e não falou nada...

Os sentimentos da criança são inumeros, e podem estar além do que nos parece obvio, por isso é importante estar sempre atento.
Pesquisas demonstram que a convivência com pessoas “carinhosas” (acredito que possamos substituir o termo por atentas aos seus sentimentos) tem influência no desenvolvimento das crianças.

Aos interessados coloco duas opções sobre o assunto:

http://www.icpg.com.br/artigos/rev03-04.pdf

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-30102003-094219/pt-br.php

As bibliotecas virtuais da USP e da Unicamp são possibilidades para outras fontes, digamos que, um pouco mais seguras dentro da internet. (Mas isso é outro assunto, fica para outro post)

Um comentário:

  1. Rafa... ele náo falou nada... já vi relacionamentos se romperem permanentemente por causa da omissáo de uma palavra...

    Às vezes um silêncio na hora errada pode ensurdecer...

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