domingo, 31 de outubro de 2010

Só de sacanagem

Para aqueles que viram só o titulo desse post a imaginação fértil pode er confundido um pouco sobre o que se trata.
O blog resolveu falar de educação sexual?
Um dia, agora não.
Imagino que no momento que alguns de vocês estiverem lendo esse texto, já tenha cumprido sua “obrigação” cívica e até já possa saber quem será o novo presidente do país.
Mas independente de partidos políticos ao pensar em escrever sobre o tema novamente, o que me veio a cabeça foi a narração de um texto da Elisa Lucinda pela cantora Ana Carolina.

Escute, comente…





quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Nicolau Gregorian ideias que seguem...

Comentei no texto anterior sobre um encontro de literatura infantil, e aproveitando que algumas pessoas leram e comentaram no blog e fora dele, resolvi escrever um pouco mais sobre o que foi exposto.
Nicolau Gregorian trouxe alguns pontos sobre os quais podemos pensar, suas relações com a educação dentro e fora dos muros da escola.
Esse texto está baseado na palestra de Nicolau, anotados alguns pontos, reescrevo tentando aproveitar o máximo da palestra colocando alguns pensamentos sem perder a essência.
Inicio por apresentar o que ele chamou de uma escola muito tradicional, com carteiras posicionadas uma atrás da outra, e mesmo as escolas que trabalham sentados em círculos, se o aluno sentar fora da “linha” causa tremores a alguns professores. Quando se pensa em literatura para esse publico tenta se encontrar o que é adequado, referente a etapa de vida que esta criança esta vivendo, mas organizar uma divisão matemática (numérica), dividir alunos por faixa-etárias e dizer que todos respondem de forma igual, não é fácil. Sabendo do contexto de uma pluralidade cultural na qual vivemos esse é um grande desafio.
Segundo Gregorian “pensamos em uma formação virtual, pois formamos crianças para um mundo que desconhecemos.”
A preocupação não deve se tornar uma seleção com excessos de critérios pedagógicos (o que este livro vai trazer*), priorizar o didático em detrimento do lúdico em textos para crianças pode transformar a leitura em função pedagógica.
A criança tem que ser estimulada a se identificar com o livro, e essa identificação pode vir de casa, se a família lê, o primeiro estimulo está feito. Vale também para fora da escola, as crianças do clube onde eu trabalho quando chegam na sala de recreação muitas vezes me encontram lendo e como já escrevi alguns trazem os livros que estão lendo para eu ver, sempre que possível tento ler para aumentar meu dialogo com eles.
Na escola em alguns momentos existem duvidas de como escolher um livro, como a adequação ao tipo de leitor, se eu sei o que ele gosta de ler (livre escolha, um dos princípios do lazer), posso indicar outros livros.
Este é um papel que podemos desenvolver e quem sabe, propor uma visão mais ampla do contexto.
Em um desses diálogos sobre livros surgiu uma consideração que na saga dos vampiros o personagem principal masculino é romântico, carinhoso e que segundo algumas meninas era o “sonho delas”. Nesse momento uma das meninas alertou que o livro foi escrito por uma mulher e esta poderia ser uma das razões do personagem saber tão bem como agradar uma menina. (concordei, pois confesso que esse eu não li, porém já existe uma dialogo).
E a nós educadores (ou não) cabe em qualquer instância incentivar o gosto pela leitura, artes cênicas, música, cinema e toda forma de arte que amplie as possibilidades e os pensamentos.
Gregorian terminou falando do entendimento da palavra literatura como “fazer a arte da palavra”, que as crianças devem ler, curtir o livro, ser feliz com a literatura e se divertir”.
E se divertir tem tudo a ver com lazer!!!


*citou como referencia Nelly Novaes Coelho é livre-docente e professora de pós-graduação de Literatura Portuguesa e Brasileira da Universidade de São Paulo.
José Nicolau Gregorian Filho, doutor em lingüística e literatura e professor de literatura infantil do depto. de letras clássicas e vernáculas da USP

terça-feira, 26 de outubro de 2010

II Encontro WMF Martins Fontes de literatura Infantil e juvenil



Já escrevi alguns textos sobre encontros como Bienal, postei um vídeo sobre livro (o lado tecnológico) e sempre que for possível escreverei da importância de usá-los durante o lazer. Mas neste sábado fui convidado para um encontro sobre literatura infantil e juvenil na escola.
Uma manhã com a oportunidade de escutar três palestrantes falando um pouco sobre o que eles (WMF Martins Fontes) chamaram de “livros: modo de usar – a mediação da leitura na escola. Nicolau iniciou a manhã falando da literatura para crianças e jovens e a formação de leitores literários. Após um café para encontrar amigos e professores que estiveram por lá seguimos com a Maria José Nóbrega falando de “ler na escola - como identificar boas práticas com os gêneros literários?”.
E terminamos com Ilan Branman “Quem tem medo do lobo mau? uma reflexão sobre o politicamente correto na educação e na literatura infantil e juvenil.
Gostaria de fazer um comentário, que foi ressaltado por um dos palestrantes, como é bom ver diversos (não tenho dados precisos mas acredito que mais de 80 participantes) professores que depois de uma semana de aula usaram seu sábado que poderia ser de lazer em prol de um dialogo com outros profissionais, em busca de um melhor aprendizado e de tentar pensar mais sobre a educação.
Parabéns à editora por repetir a idéia, já que este foi o segundo ano desse evento (gratuito), e PARABÉNS aos professores, não só os presentes mas todos aqueles que ainda acreditam na educação por seus diversos meios.


Palestrantes

José Nicolau Gregorian Filho, doutor em lingüística e literatura e professor de literatura infantil do depto. de letras clássicas e vernáculas da USP

Maria José Nóbrega, mestre em filosofia e Lingua portuguesa (USP) coordenadora do curso de pós-graduação “Docência em Língua Portuguesa” do ISE-Vera Cruz e assessora pedagógica das revistas Carta na Escolae Carta Fundamental.

Ilan Brenman, escritor e doutor em educação.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Rubem Alves ja dizia "É brincando que se aprende"

Estava pensando em escrever algo sobre brinquedo, o brincar... quando uma amiga e parceira conversando comigo pela internet (Sonia B - Dialogos na internet de novo!) e lembrei desse texto que reproduzo abaixo (Folha Online). Tem uma frase que diz "qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência". Será?? (pode comentar).

"O professor Pardal gostava muito do Huguinho, do Zezinho e do Luizinho e queria fazê-los felizes. Inventou, então, brinquedos que os fariam felizes para sempre, brinquedos que davam certo sempre: uma pipa que voava sempre, um peão que rodava sempre e um taco de beisebol que acertava sempre na bola. Os três patinhos ficaram felicíssimos ao receber os presentes e se puseram logo a brincar com seus brinquedos que funcionavam sempre.Mas a alegria durou pouco. Veio logo o enfado. Porque não existe nada mais sem graça que um brinquedo que dá certo sempre. Brinquedo, para ser brinquedo, tem de ser um desafio. Um brinquedo é um objeto que, olhando para mim, me diz: "Veja se você pode comigo!". O brinquedo me põe à prova. Testa as minhas habilidades. Qual é a graça de armar um quebra-cabeça de 24 peças? Pode ser desafio para uma criança de 3 anos, mas não para mim. Já um quebra-cabeça de 500 peças é um desafio. Eu quero juntar as suas peças! Para isso, sou capaz de gastar meus olhos, meu tempo, minha inteligência, meu sono.Qualquer coisa pode ser um brinquedo. Não é preciso que seja comprado em lojas. Na verdade, muitos dos brinquedos que se vendem em lojas não são brinquedos precisamente por não oferecerem desafio algum.Que desafio existe numa boneca que fala quando se aperta a sua barriga? Que desafio existe num carrinho que anda ao se apertar um botão? Como os brinquedos do professor Pardal, eles logo perdem a graça. Mas um cabo de vassoura vira um brinquedo se ele faz um desafio: "Vamos, equilibre-me em sua testa!". Quando era menino, eu e meus amigos fazíamos competições para saber quem era capaz de equilibrar um cabo de vassoura na testa por mais tempo. O mesmo acontece com uma corda no momento em que ela deixa de ser coisa para se amarrar e passa a ser coisa de se pular.Laranjas podem ser brinquedos? Meu pai era um mestre em descascar laranjas sem arrebentar a casca e sem ferir a fruta. Para o meu pai, a laranja e o canivete eram brinquedos. Eu olhava para ele e tinha inveja. Assim, tratei de aprender. E ainda hoje, quando vou descascar uma laranja, ela vira brinquedo nas minhas mãos ao me desafiar: "Vamos ver se você é capaz de tirar a minha casca sem me ferir e sem deixar que ela arrebente".Para um alpinista, o Aconcágua é um brinquedo: é um desafio a ser vencido. Mas um morrinho baixo não é brinquedo porque é muito fácil —não é desafio. Ao escalar o Aconcágua, ele está medindo forças com a montanha ameaçadora! Pelo desafio dos picos, os alpinistas arriscam as suas vidas, e muitos morrem. Parodiando o Riobaldo: "Brincar é muito perigoso...".Há brinquedos que são desafios ao seu corpo, à sua força, à sua habilidade, à sua paciência. E há brinquedos que são desafios à inteligência. A inteligência gosta de brincar. Brincando, ela salta e fica mais inteligente ainda. Brinquedo é tônico para a inteligência. Mas se ela tem de fazer coisas que não são desafio, ela fica preguiçosa e emburrecida.Todo conhecimento científico começa com um desafio: um enigma a ser decifrado! A natureza desafia: "Veja se você me decifra!". E aí os olhos e a inteligência do cientista se põem a trabalhar para decifrar o enigma. Assim aconteceu com Johannes Kepler (1571-1630), cuja inteligência brincava com o movimento dos planetas. Assim aconteceu com Galileu Galilei (1564-1642), que, ao observar a natureza, tinha a suspeita de que ela falava uma linguagem que ele não entendia. Pôs-se, então, a observar e a pensar (ciência se faz com essas duas coisas, olho e cérebro!) até que decifrou o enigma: a natureza fala a linguagem da matemática! E até hoje os cientistas continuam a brincar o mesmo brinquedo descoberto por Galileu.Aconteceu assim também com um monge chamado Gregor Johann Mendel (1882-1962). No seu mosteiro havia uma horta onde cresciam ervilhas. Os outros monges, vendo as ervilhas, pensavam em sopa. Mas Mendel percebeu que elas escondiam um segredo. E ele tanto fez que acabou por descobrir o segredo que nos revelou o incrível mundo da genética. E não é esse mesmo jogo que faz a criança que está começando a aprender a ler? Ela olha para as letras-ervilhas e tenta decifrar a palavra que elas formam. Tudo é brinquedo!Congressos de educação: a gente pensa logo em professores, psicólogos, "papers" científicos, filósofos... Estive em um, na Itália, diferente, em que havia muitas crianças. E havia uma oficina em que um "mestre" ensinava às crianças a arte de fazer brinquedos. Um deles era um par de pregos grandes, tortos, entrelaçados, que, se a gente fosse inteligente, conseguia separar. Gastei uns bons dez minutos lutando com os pregos, absorvido, inutilmente. De repente me perguntei: "Por que estou assim, gastando o meu tempo com um par de pregos?".Eu lutava com os pregos pelo desafio. Eu queria provar que eu podia com eles. Repentinamente, percebi que a primeira tarefa do professor é, à semelhança dos pregos, entortar a sua "disciplina" (ô, palavra feia, imprópria para uma escola!) e transformá-la num brinquedo que desafie a inteligência do aluno. Pois não é isso que são a matemática, a física, a química, a biologia, a história, o português? Brinquedos, desafios à inteligência. Mas, para isso, é claro, é preciso que o professor saiba brincar e tenha uma cara de criança, ao ensinar. Porque cara feia não combina com brinquedo..."

Rubem Alves, 65, é educador, psicanalista e escritor. Está gravando dois CDs com estórias infantis —"Quatro Estórias", produção do violeiro e compositor Ivan Vilela, e "Rubem Alves Conta Estórias", em parceria com Décio Lauretti.
Site - http://www.rubemalves.com.br/

sábado, 16 de outubro de 2010

Pós "dia das crianças"

Primeiro eu gostaria de pedir desculpas pela demorar ausência durante o período, um blog que fala de educação e lazer não escrever nada, logo na semana que tem o “dia das crianças”, pensei em colocar atividades, ou uma agenda de possibilidades para fazer com seus filhos, mas com o tempo escasso deixei essas informações para sites, jornais e revistas que trouxeram diversas informações (eu li diversas).
Li um protesto no “Pediatra em casa” sobre o dia das crianças relacionado apenas ao consumo, no blog assim como no twitter já comentei sobre o assunto e sempre cito “criança e consumo”, como um bom lugar para ver mais sobre o assunto.
Porém, não posso negar que a data me traz muito trabalho, está ai a explicação da dificuldade de postar, clubes, empresas, condomínios, entre outras possibilidades, contratam os meus serviços (e da empresa) para seus clientes, filhos de funcionários, para os próprios funcionários. Concordo que existem alguns excessos, e apesar dessa relação comercial com a data, tentamos (a pessoa física e a jurídica) trazer dentro de nossas propostas conceitos, praticas e valores para educação.
Entendo e reconheço a existência de uma relação comercial com a data, mas estar com quem gostamos durante todo o dia é um diferencial, e um momento único que devemos aproveitar nas chamadas “datas comemorativas”.

sábado, 2 de outubro de 2010

Porto Seguro

O texto em preto é do site http://turismo.portoseguro.ba.gov.br/turismo/porto.aspx dentro dos parênteses meus comentários.


Em 22 de abril de 1500, depois de 42 dias de viagens, a frota de Pedro Álvares Cabral vislumbrava terra (ainda bem que hoje, 3 de outubro de 2010, um pouco mais de uma hora.. chegamos) mais com alívio e prazer do que com surpresa ou espanto. (Eu, me preparando para uma nova temporada em PS) Segundo o testemunho do escrivão Pero Vaz de Caminha, naquela tarde de 22 de Abril “os nossos toparam um grande monte, muito alto e redondo ao qual monte alto o capitão pôs o nome Monte Pascoal (hoje para alguns, apenas nome de um hotel onde muitos de nossa turma se hospedarão, eu estarei no hotel Náutico) e à terra a Terra de Vera Cruz.”...

No dia seguinte, 23 de abril, iniciaram-se as sondagens (as sondagens da nossa turma começaram ao sair do avião em busca de novidades) do leito marinho e alguns navios ancoraram em frente à grandiosa Mata Atlântica. Muito provavelmente o capitão Nicolau Coelho terá sido o primeiro português a pôr pé no novo continente e a se comunicar com um pequeno grupo de índios tupiniquins que apareceu na praia. (nossa equipe já nos aguardava, mas o que interessava ao grupo era conhecer muito mais que índias e “nativos”)... texto continua (veja site)
Nos nove dias que se seguiram, (para nós sete) nas enseadas generosas da Bahia, os 12 navios da maior armada já enviada às Índias pela rota descoberta por Vasco da Gama permaneceriam reconhecendo a nova terra (Hoje o numero é maior que 12 aviões) e seus habitantes.(Para muitos que estarão conosco este é um momento de celebrar o fim de um ciclo escolar, o colegial fica, a vida muda, e estar com este grupo de novo é uma probabilidade para matemáticos.Viajar e viver um momento diferenciado é uma chance de estar na memória, assim como já pude verificar em outras viagens que participei nas pessoas que conheci. Falei de busca por novidades e de estar na memória, tem uma frase de “Schopenhauer” que nos fala disso“A novidade das coisas e dos acontecimentos faz com que tudo se grave em nossas consciência”.)... texto continua (veja site)

Foi justamente no município de Cabrália, na Coroa Vermelha, que Frei Henrique de Coimbra celebrou a primeira missa, que continua a ser orgulhosamente relembrada por brancos e índios em cada ano que passa (visitaremos alguns desses pontos, porém celebração entre os “jovens” é ir para “balada” ou “nigth” – também conhecidas como boates e danceterias heheh – O passeio histórico faz parte da programação, mas imagino que o que vai ser orgulhosamente lembrado serão os momentos, os contatos, mais uma vez PS fará parte da história)... texto continua (veja site).

Para não esquecer a história de PS, escrevi esse texto (“brincando”) com muitas passagens da história (com base no site do gov.), lembrar é sempre bom.. por isso deixo uma abraço e um muito obrigado para todos aqueles que eu conheci.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Artigas, um estádio e uma proposta para educação

Desenho: Paulo Caruso - Revista Época (2010) Julho edição 27

Amanhã o Morumbi (Cícero Pompeu de Toledo) completa 50 anos, já comentei do estádio antes da copa do mundo desse ano pois ele foi assunto dos jornais, resolvi trazê-lo de volta como tema, mas dessa vez para falar de educação.
Algumas pessoas, torcedores ou não, que entraram no estádio, ou por alguma razão só passaram pela região e viram esta obra arquitetônica em São Paulo, e agora estão lendo, podem pensar: Qual a relação que ele pode fazer com a educação?
Este espaço de foi desenhado por João Batista Vilanova Artigas, nascido em Curitiba veio para São Paulo onde se graduou engenheiro-arquiteto na USP, tornou-se professor e fez parte do grupo responsável pela concepção do prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), e outras escolas. Suas obras são associadas a um movimento arquitetônico denominado “Escola Paulista”.
Essa relação pode começar a elucidar a relação com Artigas, ou sobre sua educação e a vergonha que ele tinha de contar para seu avô que desenhava (Paulo Caruso), descrever a construção da FAU. As possibilidades se multiplicam, mais encontrei uma explicação, quase um conceito da concepção que reescrevo abaixo e servem para pensar sobre a educação.
“Os amplos espaços abertos e a comunicação entre os diferentes setores sublinham a necessidade de convivência e o ideal de um modo de vida comunitário que a arquitetura de Artigas defende. É pela relação estreita entre as pessoas e pelo aprendizado da vida em grupo, diz o arquiteto, que se torna possível combater o individualismo. "Pensei-o [o prédio da FAU] como a espacialização de democracia, em espaços dignos, sem portas de entrada, porque o queria como um templo, onde todas as atividades são lícitas".
Os caminhos a partir daqui são diversos, quais são os espaços abertos que podemos desfrutar nos dias de hoje? Nossos olhos podem estar condicionados pelas rotinas do cotidiano e deixarmos passar algumas informações, sendo assim quero ressaltar o ideal defendido por sua arquitetura poderia ser visto em diversas áreas. Para quem sabe ajudar a redescobrir a própria cidade, disponibilizando através da rede, que faz parte dessa “nova relação” entre pessoas em prol de uma democratização do aprendizagem e da vida em grupo.
A educação recebendo influências da arquitetura para se tornar um espaço “sem portas de entradas ...como um templo, onde todas as atividades são lícitas” .

Paulo Caruso - Revista Época (2010) Julho edição 27

http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=marcos_texto&cd_verbete=4094http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Batista_Vilanova_Artigas

Clube da Quarta

Há algum tempo escrevi um texto falando sobre montar uma barraca para brincar com a “molecada”, do quanto é divertido e significativo. Citei até um filme (as idéias que os filmes infantis podem trazer para os pais) e a criação da identificação desse espaço, um “clubinho”.



Na recreação, tem uma atividade que se chama clubinho, que se traduz em organizar um grupo para conviver e brincar, a essa altura enquanto você lê já pode ter lembrado de expressões como: “Clube da Luluzinha” (para meninas) e “Clube do Bolinha” (meninos).



Mas esse tipo de coisa não acontece só com crianças, independente da idade as pessoas gostam de se reunir, cada um escolhe um motivo (ou desculpa) para poder estar com o outro conversar, jogar (brincar), se divertir.
Agora imaginem homens reunidos toda quarta feira, para ver futebol, comer e jogar truco. OBS: Isto não é um texto “para homens”, até porque a casa esta aberta para visitas (até onde sei) e participações femininas (mas entendo que algumas tenham suas razões para evitar).



Esse grupo é identificado pelo emblema acima, e formado por amigos de infância com participações especiais, sempre há espaço para novos amigos, ou seriam sócios do “clube de quarta”.



Aos amigos teóricos, seria uma tradução dos chamados interesses do lazer? Pois o clube a cada quarta feira disponibiliza um “menu” diferente, organizado por um de seus sócios e, preciso dizer, estamos nos alimentando muito bem. E claro não poderia faltar um jogo (além do futebol na TV), é realizado um torneio de truco, com direito a sorteio de duplas, pontuação de acordo com a quantidade de participantes, tudo isso devidamente anotado e depois entregue para divulgação por internet. O truco é um jogo "tradicional", mas nós adotamos as tecnologias disponíveis para manter o contato.



Por falar nisso, o truco segundo Alceu Araujo (2007) é um jogo de baralho praticado em Portugal e largamente conhecido no Brasil, também conhecido como “truque”, douradão, douradinha, deizão. (As regras variam de acordo com a região). O palavreado e os gestos é que se repetem desde desbravadores do sertão (de SP), para quem conhece e pratica o jogo presta atenção em uma passagem citada no mesmo livro(p.119)



“uma punhada seca na mesa” TRUCO MESMO
A resposta: “Toma seis, papudo, reboque de igreja velha”
Vizinhos ou aqueles que passarem pelo clube devem escutar algo semelhante de quarta. Espero que você tenha se lembrado do seu grupo de amigos que ainda encontra, ou que por alguma situação momentânea não tem encontrado, mas viveu momentos de divertimento. Mesmo sem ser um desbravador do sertão nosso jogo continua trazendo um momento de descanso, desenvolvimento e diversão (olha a teoria ai de novo!).

Esta é uma homenagem ao encontro de amigos, a tradição cultural que permanece, um abraço a todos e MUITO OBRIGADO!


Graveto (apelido de infância... porque será??? hahaha)


ARAUJO A. M. 2007 Cultura Popular Brasileira – Editora Martins Fontes (coleção Raízes), 2 edição – São Paulo.

Carnaval 2011 SP

Os temas do carnaval 2011 das escolas de samba de São Paulo já estão definidos, algumas escolas já decidiram inclusive as letras de samba, quem quiser visitar o site dessas agremiações é só clicar na escola citada abaixo e poderá saber mais...

O autor do blog gosta muito do Carnaval (e participa, sou Águia de Ouro e sempre serei) por isso irei escrever outras histórias por aqui, assim como ja publiquei, retirei essas informações da internet e de uma revista de carnaval (Revista Carnaval 2011 – Enredos – Ano 1 – Edição 1).


Aqueles que fazem parte das “Escolas” e quiserem comentar abaixo falando um pouco mais sobre cada tema, sintam-se em suas quadras, tenho a minha escola e meu amor por ela, mas antes disso tenho respeito pela cultura, pelo samba e pelo Carnaval.

· Acadêmicos do Tatuapé – "Domingo é especial"
· Academicos do Tucuruvi - “Oxente, o que seria da gente sem essa gente? São Paulo capital do nordeste?
· Águia de Ouro – "Com todo gás a Aguia de Ouro é fogo!"
· Camisa Verde e Branco – “Paulista VIVA, veste a camisa. A mais Paulista das avenidas”
· Dragões da Real – "A felicidade se conta em contos"
· Gaviões da Fiel – "Do mar das perolas e das areias do deserto à cidade do futuro. Dubai, o sonho do rei Maktoum."
· Imperador do Ipiranga – "Na arte e na fantasia, no esplendor de um “Bal Masqué”. Só quem é Arlequim, Pierrô e Colombina saberá entender."
· Império da Casa Verde – "A cerveja" (informação da internet, pois não consegui acessar o site)
· Mancha Verde - "Uma idéia de Gênio"
· Mocidade Alegre – “Carrossel das ilusões”
· Morro da Casa Verde - "Sorria você esta na Bahia: a festa vai começar, os tambores anunciam."
· Nenê de Vila Matilde – "Salis Sapientiae. Uma história do mundo"
· Pérola Negra – "Abraão – O patriarca da Fé"
· Rosas de Ouro – “Abre-te Sésamo, a senha da sorte”
· Tom Maior – "Salve salve São Bernardo, pedaço do meu Brasil. Terra mãe dos paulistas"
· Torcida Jovem – "Nascemos sob o signo da realiza" ( Os Reis .. do “Rei Momo ao Rei Pelé”)
· Uirapuru – "Botequim da alegra o Uirapuru te convida a brindar. Bar da ilusão o doce gosto da vida!"
· Unidos de Vila Maria – “Teatro Amazonas: Manaus em cena”
· Unidos do Peruche – "Abram-se as cortinas! O espetáculo vai começar! 100 anos de teatro municipal de São Paulo. A Peruche vai apresentar. Bravo! Bravissimo!"
· Vai Vai – "A musica Venceu" (A vida de João Carlos Martins)
· X-9 Paulistana - “De eterna criança a embaixador da esperança Renato Aragão, Didi Trapalhão!"