quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quanto mais programação educativa as crianças assistiam, maior se tornava sua agressividade relacional

Antes que alguém me xingue ou me processe, essa frase foi retirada de um livro, é uma pesquisa feita sobre agressão entre alunos de educação infantil pelos Dr Jamie Ostrov e Dr Douglas Gentile. Tive conhecimento de um de seus trabalhos através do livro Filhos: novas idéias sobre educação . Monitorando alunos de duas escolas de Minnessota (realidades diferentes mas que podem nos trazer informações relevantes), eles compararam o comportamento das crianças (entre 2 e 5 anos) com o relato dos pais sobre quais os programas assistiam.
O que se esperava era que desenhos como Star Wars e Power Rangers fossem incentivar mais a violencia que Clifford e Arthur, até ai nenhuma idéia ou suposição mirabolante, mas o diferencial apareceu no longo prazo (aos que interessarem o assunto o livro é muito interessante e vai descrever mais sobre este trabalho e sua metodologia).
Foi neste longo prazo que surgiu a frase que dá título a este texto, eles notaram que ao assistir essa programação as crianças apresentavam um numero elevado de agressões relacionais (classificação deles que é entendida como: “Você não pode brincar com a gente”, ou ignorar uma outra criança que queria brincar, “todo tipo de ação que atinge a essencia de uma amizade (p.156)”.) Ostrov explica que em muitos programas o enredo passa de trinta minutos contextualizando um conflito que é resolvido em uns poucos minutos no final, sendo assim “A criança nessa idade tem dificuldade para relacionar a mensagem do final do episódio com a trama que a antecedeu,... ela assimila cada um dos comportamentos mostrados isoladamente”.
É para se pensar, não??
A pesquisa continua em outras escolas em Buffalo, NY, mas não quero fazer uma copia do trabalho e sim trazer o assunto para o diálogo.

Dr Jamie Ostrov -
http://www.psychology.buffalo.edu/directory/faculty/people/ostrov/
Douglas Gentile -
http://drdouglas.org/- http://www.psychology.iastate.edu/~dgentile/
BRONSON PO (2010) Filhos: novas idéias sobre educação PO Bronson & Ashley Marryman (tradução Elenice Araujo) Testo Editores São Paulo.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

1 de setembro + 10 de setembro = LONDRES 2012

Dia 1 setembro foi dia da Educação Física e acabei não escrevendo nada, pensei em escrever sobre o Dicionário Enciclopédico TUBINO do Esporte, como uma homenagem a este exemplo nos estudos na área, mas o tempo passou e não escrevi.
Eis que após o jogo do Brasil x Argentina (pré-olimpico de basquete) parei para pensar que desde 1996 não vejo o Brasil jogando basquete masculino em uma Olimpíada.

Apesar da minha formação em Educação Física minha ligação com esse esporte foi pequena, apenas como diversão na época escolar, como professor e claro como torcedor nos Pan-Americanos e nas Olimpiadas.

Para falar um pouco sobre este esporte uso informações do dicionário supracitado. O basquete foi idealizado pelo professor de Educação Física da Universidade de Springfield (não é a cidade dos Simpsons, é a que fica em Massachusetts EUA) James Naismith, apoiado pelo diretor da YMCA (Young Men´s Christian Association) e buscando uma atividade atraente para os alunos, um tipo de recreação e de atividade física que pudesse ser praticada no inverno. O esporte evoluiu, criaram se regras (1915, AAU*), federações e em 1936 o basquete foi incluído nos Jogos Olimpicos, marco importante visto que para muitos a Olimpiada é o momento mais importante dos esportes (futebol a parte). Ok fim do momento cultural, queria apenas divagar sobre a situação atual, sábado podemos voltar a uma Olimpíada, algo que não acontece desde 1996 em Atlanta, por razoes diversas, e não tenho conhecimento nem argumento para discutir o assunto.

O que eu sei é que sou de uma geração que viu Oscar jogando, não tive a sorte de ver Wlamir Marques em quadra, mas já pude cruzar com ele algumas vezes na TV onde trabalha, nem Rosa Branca (Carmo Souza), que um dia me viu brincando (trabalhando) com crianças em um clube aqui em São Paulo e nos deu a oportunidade de aprender mais, ensinando algumas técnicas (muito obrigado, onde o senhor estiver, em nome das crianças agradeço muito aquela aula de amor ao esporte). Só para citar 3 exemplos entre muitos, pois posso esquecer alguém, e não gostaria de ser injusto, pois tenho a certeza, que esses citados e seus colegas de basquetebol, vibraram e defenderam a camisa brasileira como poucos atletas hoje são capazes (desculpa esse momento ufanista, deve ser o 7 de setembro hehe), pois tem quem não jogue na seleção brasileira por diversas razões, mas isso não merece nem palavras no blog, e os que ainda defendem e tentam fazer o maximo, a vocês nós agradecemos.

Lá no começo do blog fiz uma homenagem ao Armando Nogueira, e desde ontem quando pensei em o que escrever para o blog ele não me sai da cabeça, eu queria muito escrever um texto sobre o basquete brasileiro, e tenho a certeza que se ele estivesse por aqui certamente escreveria um texto incrivel.
Ainda não estamos classificados, mas como diria Jackis (meu professor de educação física da escola) eu quero jogar bem, ganhar ou perder faz parte do jogo. E esse pensamento é o que eu vejo nesses atletas, vamos fazer o melhor e muito possivelmente no inicio do 11 de setembro (1+10) estaremos nos preparando para Londres 2012.


TUBINO, M. J. G.; GARRIDO, F.; TUBINO, F. Dicionário enciclopédico Tubino do

esporte. Rio de Janeiro: SENAC, 2006.
*AAU Amateur Atlethic Union – que existe até hoje
http://www.aausports.org/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carmo_de_Sousa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Wlamir_Marques

domingo, 4 de setembro de 2011

Mais respeito

Seguindo a ideia do texto anterior, gostaria de continuar nosso diálogo sobre educação.
Coloquei que as crianças (filhos, alunos ou...) poderiam se espelhar em nossas atitudes, sim isso é uma possibilidade, sejam essas atitudes positivas ou negativas.
Como assim?
Um exemplo pode ser a abertura dos Simpsons em que aparece a Meggie (bebê) imitando a Marge (mãe) dirigindo e buzinando de forma veemente. Coloco um video abaixo para ilustrar essa mesma ideia.



Não acredito em receitas ou formulas perfeitas, o que me serve, pode não servir para você. Aqui na familia brincamos que do pé de manga só nasce manga, mas apenas como brincadeira quando surgem caracteristicas parecidas com meu pai ou minha mãe. Mas falando um pouco mais sobre as atitudes das crianças perante aos adultos, visualizar um pequeno desentendimento entre pais e mães pode não ser um bicho de sete cabeças, inclusive pode ser uma oportunidade de mostrar que nem tudo segue em perfeita harmonia, e que depois, com o problema solucionado ou não, o respeito e o diálogo (sendo visto pelo filho mais uma vez) são mantidos.
O livro Filhos: novas idéias sobre educação, traz um capitulo com o titulo: “Por que, para os adolescentes, discutir com os adultos é um sinal de respeito e não de desrespeito – e as discussões não são destrutivas para o relacionamento, mas sim construtivas?(ítalico e negrito por minha conta)
Parenteses: Na sua casa como funciona??

BRONSON PO (2010) Filhos: novas idéias sobre educação PO Bronson & Ashley Marryman (tradução Elenice Araujo) Testo Editores São Paulo.