Antes que alguém me xingue ou me processe, essa frase foi retirada de um livro, é uma pesquisa feita sobre agressão entre alunos de educação infantil pelos Dr Jamie Ostrov e Dr Douglas Gentile. Tive conhecimento de um de seus trabalhos através do livro Filhos: novas idéias sobre educação . Monitorando alunos de duas escolas de Minnessota (realidades diferentes mas que podem nos trazer informações relevantes), eles compararam o comportamento das crianças (entre 2 e 5 anos) com o relato dos pais sobre quais os programas assistiam.
O que se esperava era que desenhos como Star Wars e Power Rangers fossem incentivar mais a violencia que Clifford e Arthur, até ai nenhuma idéia ou suposição mirabolante, mas o diferencial apareceu no longo prazo (aos que interessarem o assunto o livro é muito interessante e vai descrever mais sobre este trabalho e sua metodologia).
Foi neste longo prazo que surgiu a frase que dá título a este texto, eles notaram que ao assistir essa programação as crianças apresentavam um numero elevado de agressões relacionais (classificação deles que é entendida como: “Você não pode brincar com a gente”, ou ignorar uma outra criança que queria brincar, “todo tipo de ação que atinge a essencia de uma amizade (p.156)”.) Ostrov explica que em muitos programas o enredo passa de trinta minutos contextualizando um conflito que é resolvido em uns poucos minutos no final, sendo assim “A criança nessa idade tem dificuldade para relacionar a mensagem do final do episódio com a trama que a antecedeu,... ela assimila cada um dos comportamentos mostrados isoladamente”.
É para se pensar, não??
A pesquisa continua em outras escolas em Buffalo, NY, mas não quero fazer uma copia do trabalho e sim trazer o assunto para o diálogo.
Dr Jamie Ostrov - http://www.psychology.buffalo.edu/directory/faculty/people/ostrov/
Douglas Gentile - http://drdouglas.org/- http://www.psychology.iastate.edu/~dgentile/
BRONSON PO (2010) Filhos: novas idéias sobre educação PO Bronson & Ashley Marryman (tradução Elenice Araujo) Testo Editores São Paulo.
Caramba Rafa... Muito bom o post!
ResponderExcluirRealmente eu ia te xingar só com o título, mas depois de ler eu tiro o chapeu... Para quem tem criança* em casa é bom saber!!!
*Sobrinhos! rs rs rs rs
Bjos da Chiclete
a primeira vista, é uma frase um tanto quanto ''contráditoria'' ao que se espera, mas, devo admitir que é verdade, tendo como exemplo a pequena lá de casa, que assiste cultura o dia inteiro, e mesmo assim, é de uma agressividade de outro mundo!
ResponderExcluirbeeeem interessante tio :)
beijooo
Oi amigo Rafa, vc deve saber que tenho uma filha de 6 anos, mas até os 4 anos, quando ela gostava de assistir algumas programações da TV Cultura, percebi que eram projetadas, boas e más atitudes. Quando eu a interrogava do motivo das palavras que ela as vezes dirigia aos amiguinhos na escola, ela de pronto respondia, o " fulano" fala isso, o "siclano" fala aquilo.
ResponderExcluirSendo assim, fui retirando aos poucos e mudando para outro que acho bem mais instrutivos.
Hoje, ela já passou desta fase e agora me fala assim, " temos que ser amiguinhos e brincar com todo mundo , né mamãe?"
Bom, não vim aqui relatar os fatos, mas sim dizer que é por demais interessante o post que vc fez, me interessa muito, vc sabe disso, o tema criança sempre me interessou!
Bjks amigo querido e vou continuar acompanhando!
Realmente o estudo é muito interessante. Acho que equílibrio é fundamental e muitas vezes os desenhos mais violentos acabam sendo uma válvula de escape, principalmente para os meninos. Converso muito com meu filho de 7 anos que adora desenhos como YuGiOh e Pokemon, sempre pergunto sobre os personagens brigarem, do que ele acha, se ele acha que é certo, e ele sempre é super tranquilo e diz que sabe que não se pode copiar os personagens dos desenhos.
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