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Eu gosto dessa época do ano, por algumas razões que já
publiquei por aqui*
Engraçado que algumas vezes já aconteceu de eu comentar com alguém que eu gosto
do Natal e a pessoa responder sem pestanejar:
EU NÃO!
Cada um tem o direito de achar o que quiser e de ter suas razões para isso, mas
o fato é que quando escuto uma frase dessa, parece que alguma coisa me move a
tentar mostrar que pode existir um lado bom. Escrevo isso pois há pouco tempo
estive com algumas pessoas de outro país (não vem ao caso, mas de língua latina
o que poderia ter aproximações culturais) e uma delas justificou dizendo que
muitas pessoas não se falam o ano todo e aí no “Natal” as coisas mudam, para
alguns a religiosidade só aparece nesse momento, além de um alto consumismo, sendo
que esse fator para ele era o mais forte para não gostar do Natal.
Concordo! A questão do consumismo por diversas vezes foi abordada por aqui,
inclusive com indicações ou compartilhamentos de textos do Instituto Alana** e há pouco tempo um texto da Aline Kelly***.
Acredito que possa existir a possibilidade de ter um Natal agradável com ou sem
aquisições materiais, e a primeira coisa que me vem a cabeça são aqueles
momentos em que uma criança ganha um presente e se encanta pelo papel de embrulho.
Essa para mim é uma prova de o que vale é o gesto, o sentimento que vem junto,
mais do que o conteúdo.
A data tem algumas relações com questões religiosas, que não entrarão nesse
texto. O ponto é exatamente esse: quem não respeita a si e ao próximo o ano
todo, não vai passar a respeitar só porque é natal. Essas pessoas podem tentar
esconder, mas os outros sabem que aquilo não é a realidade, então o Natal serve
apenas como uma tentativa de, por alguns momentos, disfarçar ou quem sabe
tentar ser um pouco mais sociável (estou sendo um pouco utópico?). Portanto nada
muda no Natal, cada um escolhe onde vai estar nessas chamadas datas comemorativas,
ainda que existam questões familiares e sociais que podem nos levar a
frequentar espaços com algumas pessoas, não necessariamente nossos amigos,
porém cada um faz o seu caminho. Aposto que mesmo quem não gosta do Natal se
procurar na memória encontrará registros de bons momentos, uma conversa, uma
imagem ou um cheiro. Cito como exemplo aquelas pessoas que fazem seu trabalho
com idosos, crianças, ou qualquer outro público que ele percebeu a necessidade
de fazer algo por eles. Pode ser uma praça, um parquinho, uma escola o que vale
é a sua atitude. Isso pode ser considerado apenas assistencialismo, mas assim
como escrevi ainda acredito que o sentimento tem um valor tão complicado de
avaliar quanto o nível de felicidade. Faça suas escolhas e com elas escreva
suas cartas, cartões (de Natal ou não) e memórias.
Então ai vai meu presente ou seriam minhas atitudes e sentimentos...
Feliz Natal para a família Vac, para a família Marcondes, Silva, Santos...
Para a “família dos amigos de infância”,“família dos amigos de momentos da
vida”, “família dos amigos de estudo”, “família de alunos, passageiros,
professores”, “familia do samba”, “do trabalho e do lazer”, “a família Brasil”
aos irmãos Uruguaios, Argentinos, Espanhóis... e muitas mais
FELIZ
NATAL!!!
* Final de 2010 e Carta ao Papai Noel
** http://rafavac.blogspot.com.br/2010/09/alguem-disse.html
*** http://sustentavel.blog.br/consumismo/ .