sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Barraca armada (brincadeiras e consumo)

Assando marshmellow e esquentando sanduíches de queijo

Quando pensei em escrever sobre esta atividade do acampamento, lembrei que ela aconteceria no sábado após a chamada “Black Friday”, que abre a temporada de vendas para o Natal. Considerei que a atividade com as crianças seria uma chance de mostrar que o foco das crianças pode estar mais próximo daquilo que mostramos a elas. Como assim? As crianças decidem o que gostam, ao que assistem, porém pais e mães, e porque não dizer educadores, tem participação nesse processo. Entenda participação como alguém que pode dialogar e que preferencialmente não irá impor. (além de minhas convicções como educador e porquê não dizer a parte cientifica, agradeço aos diálogos de mães e pais em um grupo que participo da rede que inclusive falou sobre o assunto há uns dias atrás)

Momento "causos" (como diria Rolando Boldrin obviamente sem nenhuma comparação). E estão abertos a comentários e pensamentos. 
Por exemplo a influência entre as crianças, algumas atitudes tomadas por impulso por algumas delas (em meio há uma brincadeira) vai de encontro com o que conhecemos de sua educação (trabalho há muito tempo nesse local conhecendo bem cada perfil, assim imagino como muitos pais conhecem filhos e amiguinhos dos filhos), mas em questão de segundos ou minutos ela percebe que sua atitude foi no mínimo “estranha”. Portanto sem nenhuma pesquisa, acredito que posso comentar é que a educação que vem de casa ainda prevalece às chamadas influências externas. 
Quando faço uma ficha de inscrição (já comentada nos textos anteriores), solicitando para que as crianças não levem objetos de valor, tentando evitar qualquer transtorno posterior (perder, deteriorar), fica quase impossível deixar de lado os telefones (que tem diversas opções de conexões e atividades).
Após a fogueira (atividade supervisionada por recreadores) 2 participantes resolveram ir para suas barracas usar seus dispositivos(cada um faça a sua analise se concorda ou não com o uso - eu permito pois sei que para muitas mães é importante). Vale comentar que há alguns anos houve um momento de chuva durante a madrugada e um diálogo entre barracas aconteceu via um desses dispositivos, achei bem interessante.  As barracas separam meninas e meninos e nesse caso separava grandes amigos e eles resolveram essa divisão e o empecilho de conversar fora da barraca pois chovia (eles são adultos hoje e continuam amigos).  

Voltando a atividade e relacionando outro ponto com o consumo, na mesma inscrição já citada, descrevo a possibilidade de levar guloseimas para a madrugada, lembrando que o que é levado é escolhido por mães e pais dessas crianças. Estou repensando como reescrever esta linha (na inscrição). A ideia era ter algo além do lanche antes de dormir, até porque as crianças fizeram atividades físicas e um bolo, um biscoito, com um suco antes de dormir (o "leitinho antes de nanar", não é o da mamãe mas.. Ah.. eles tem onde escovar os dentes). Mas estou espantado com a quantidade de doces e salgadinhos industrializados que alguns pais enviam, não é um bolinho (industrializado ou não) mas o sacos, os chamados “família”. (aqui você pode pensar que faz aquilo pensando em repartir com os amiguinhos, mas ainda considero algo grande demais para o momento.. se você vê e entende diferente por favor escreva no comentário).Para o texto não se alongar mais, algumas vezes achei que o rumo do texto mudaria, mas não foi o caso. E para completar (e até me posicionar) lembrei de um texto que li no sustentável 2.0, que gostaria de compartilhar com vocês, que fala sobre consumo e consumismo e que acredito que tenha muita relação com o que escrevi acima.
link http://sustentavel.blog.br/consumismo/ 

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