A idéia deste texto veio da leitura de outro publicado na Folha de São Paulo (caderno equilíbrio), mas eu tomei conhectimento através do twitter do criança e consumo (@criancaeconsumo).
E este passa pelo tema educação de crianças e como voces já devem ter percebido me interessa muito, assim como a possibilidades de dialogo com vocês.
No inicio descreve o crescimento de acessos as redes sociais, o tempo gasto com ela, sua "boa" relação (o conceito de boa aqui é que elas gostam de utilizar, e algumas vezes o fazem de uma forma que o proprio pai possa desconhecer) com a televisão e com a internet e sua vida social intensa.
Vida social intensa? O que seria essa vida intensa? Freqüentar escola, aulas extras, shopping?? E quem escolheu esses programas, voce ou ele??
A escola fez e faz parte da vida de muita gente (deveria fazer mais, mas nesse caso provavelmente você, e quem sabe seus pais, tiveram acesso a escola), entendo que cada vez mais as escolas cobram de seus alunos, cada qual com seu método, mas tentando dar uma boa base para seus alunos. (aqui "base" entendida como a formação acadêmica e social). Fato é que a escolha do colégio é feita pelos pais, independente de condições econômicas, pais em sua maioria tentam que colégio seja o mais apropriado para o seu filho. Sabemos que existem dificuldades para as escolas contribuírem positivamente com a socialização de seus alunos (outro ponto citado no texto), assim como os alunos e ate alguns pais contribuem para esse desenvolvimento.
Entendo que aulas e cursos extras poderiam ser um momento para ter contato com outras crianças, quiçá fazer amigos. Certo, mas isso a escola tambem possibilita! Concordo, porém com uma diferença: a participação na escolha dessas pode ser feita COM alunos e/ou filhos e assim aumentar o interesse dos mesmos.
Os cursos que seu filho fez ou faz, quem escolheu (você ou ele)?
Vai fazer inglês porque é bom para seu futuro!
Natação porque desenvolve! (não entrarei no mérito desse conceito que alguns de voces já devem ter escutado, se meus amigos educadores físicos quiserem escrever a porta esta aberta)
De que forma foi feita essa escolha? Onde entra a vontade da criança?
Os interesses podem ser um fator que aumente seu contato com outras pessoas, a própria internet pode levar a encontros presenciais (com os pais, mas isso fica p outro momento).
Me pergunto: será que o interesse pelas redes sociais não é pelo fato de algumas crianças se sentirem "livres" para fazer suas escolhas?
Essa "livre escolha" (coloco entre aspas pois o conceito de livre pode trazer diversas possibilidades de discussão, mas quero atentar para o fato de se sentirem livres, de poderem opinar sobre suas escolhas) pode ser um fator de crescimento nesse interesse, que é inversamente proporcional ao medo que os pais sentem ao deixar seus filhos livres na "rede" ou no shopping.
Acredito que uma escolha conjunta possa ser uma possibilidade de aproximaçao de filhos ou alunos, para o que Sayão chamou de uma habilidade social no mundo real, e quem sabe ela possa valer tambem no virtual.
Entendo que abrir portas para muitas possibilidade traz consigo muitas dificuldades, mas quem disse que aprender a conviver era fácil? Educar então...
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0111201110.html