quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Comentário desnecessário na rede social

Insistirei em escrever sobre posturas e assuntos que considero desnecessários em relação a infância e adolescência.
Em um de meus textos mais vistos aqui no blog, que fala de um soutien com bojo para meninas com imagens Disney (hoje fora do mercado, pelo menos é o que parece, mas em alguns momentos até me pergunto se esse grande numero de visitas são pessoas indignadas ou pessoas procurando o assunto em sites de busca).
E hoje ao entrar na rede me deparei com a foto abaixo, aparentemente de uma menina e de um comentário desnecessário.



Eu mantenho minha opinião que é desnecessária essa erotização precoce, entendo que só compra quem quer, só reproduz ou compartilha quem quer, porém me dou o direito de discordar desse tipo de produção, desse tipo de produto e principalmente desse tipo de postura.

Retirei o rosto da menina e o da pessoa que fez o comentário, pois a minha idéia não é criticar a pessoa em que fez isso, pois não sei se ele tem a real dimensão de sua atitude.

até o momento em que peguei a imagem até foram 178 compartilhamentos (apos publicar o texto esse numero estava crescendo) para quem usa a rede sabe que isso significa um grande numero de pessoas vendo esta imagem, portanto espero que este texto também se propague e sirva de resposta.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Do plastico para o Óleo



Reciclagem tem que ser uma condição em nossas vidas e se puder contar com atitudes e maquinas como essa, nosso mundo irá agradecer...

Se quiser saber mais leia (em inglês) http://ourworld.unu.edu/en/plastic-to-oil-fantastic/

sábado, 19 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MASP - Formação de Agentes Culturais


Esse texto eu escrevi e tentei falar na formatura da "Capacitação Agentes Culturais no MASP", escrevo tentei, pois mesmo sendo professor, trabalhando com público e até contratado para trabalhar em eventos, fiquei nervoso. Mas ser orador, representar algumas pessoas que tive pouco contato em um curso muito bom, pode ser uma desculpa.
Espero que o texto sirva para quem não fez o curso, mas busca em outros cursos maneiras de melhorar o seu trabalho.


Gostaria de agradecer ao Banco Votorantim e ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o MASP, que através de uma parceria ofereceram o curso de capacitação para agentes culturais.
Aos Professores
Alessandra Ancona de Faria; Fernando Rozzo; Cândido de Lima;Paula Pedroso; Lóris Rampazzo; Maria Helena Pires Martins; e a Barbara Aguiar por ser nosso ponto de referencia dentro da Escola.

Representando os participantes e educadores acredito que todas as propostas relacionadas a educação são validas, uma vez que educar é uma forma de intervir no mundo, portanto propor essa capacitação de agentes culturais pode ser (pois depende de cada um de nós) uma dessas ferramentas da educação.
Cada qual com seu grupo distinto de atuação, temos nossos desafios e dificuldades diarias, mas independente delas as oportunidades devem ser criadas para que a diversidade cultural possa ser praticada, vivenciada, fruída e quem saiba possa transpor níveis de criticidade.
Oportunidades como essa, de aprendizado e de convivência , nos foram proporcionadas durante essa capacitação. Gosto da palavra convivência, pois ela me permite desmembra-la, COM – VIVENCIA, a preposiçao com, que segundo o dicionário nos estabelece a definição variadas relações. Dentro dessas vivências, as aulas Teatro, Cinema e video, Música brasileira, Mediação para públicos específicos, desenho e História da arte que compuseram nosso curso.
Durante esse tempo em que convivemos, cada participante com sua formação e sua área de atuação, trouxe particularidades de cada mundo para dividir e contribuir com o curso e nosso aprendizado.


Assim como escreve Paulo Freire no livro a Pedagogia da Autonomia em referencia ao ensinar, temos que ter a convicção de que a mudança é possível e coloco um fragmento a seguir que acredito ter uma grande relação entre nosso trabalho e aquilo que nos foi proposto.
“Chegando a favelas ou a realidades marcadas pela traição a nosso direito de ser, pretende que sua presença se vá tornando convivência, que seu estar no contexto vá virando estar com ele, é o saber do futuro como problema e não como inexorabilidade. É o saber da história como possibilidade e não como determinação. O mundo não é. O mundo esta sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com que dialéticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de
quem intervém como sujeito de ocorrências. não sou apenas objeto da história mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar."
Mais uma vez agradeçemos a oportunidade, espero que o trabalho continue, novas propostas apareçam e desejo a todos boa sorte nessa caminhada rumo a mudança.
Obrigado aos meus colegas de curso!

Um agradecimento especial a
Maria Helena Pires Martins, Barbara Aguiar e ao Águia de ouro
Oportunidades, convivência e aprendizado.
Outro texto que escrevi sobre a Escola do MASP

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"NEM quero" ouvir seu nome, só o nome das favelas

Final de semana de feriado, vocês devem ter acompanhado que mais um elemento procurado pela policia foi pego, e que continuamos o nosso desafio de buscar um país melhor. Ainda sonho com o momento em que isso também será feito dentro de mansões fora do morro, em São Paulo, no Rio ou em Brasilia... mas voltando ao que interessa, que é falar de cultura, como diz Samanta dos Santos (no video de camiseta azul), que é interprete (ou puxadora de samba, Jamelão que me perdo) no Águia de Ouro, e postou um samba de Paulo Cesar Pinheiro que tem muito de realidade, pois quem sabe se na favela a vida muda, e a cultura (samba, rap e etc) na qual fazemos parte, possa ser uma ferramenta para a questão da conscientização e da necessidade de superação da ordem social e política.
Vamos compartilhar, vamos divulgar nossa cultura.



letra
O galo já não canta mais no Cantagalo
A água já não corre mais na Cachoeirinha
Menino não pega mais manga na Mangueira
E agora que cidade grande é a Rocinha!
Ninguém faz mais jura de amor no Juramento
Ninguém vai-se embora do Morro do Adeus
Prazer se acabou lá no Morro dos Prazeres
E a vida é um inferno na Cidade de Deus
Não sou do tempo das armas
Por isso ainda prefiro
Ouvir um verso de samba
Do que escutar som de tiro
Pela poesia dos nomes de favela
A vida por lá já foi mais bela
Já foi bem melhor de se morar
Mas hoje essa mesma poesia pede ajuda
Ou lá na favela a vida muda
Ou todos os nomes vão mudar

Um obrigado especial a Samanta Renata dos santos que me mostrou esse samba

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Habilidades sociais

A idéia deste texto veio da leitura de outro publicado na Folha de São Paulo (caderno equilíbrio), mas eu tomei conhectimento através do twitter do criança e consumo (@criancaeconsumo).
E este passa pelo tema educação de crianças e como voces já devem ter percebido me interessa muito, assim como a possibilidades de dialogo com vocês.
No inicio descreve o crescimento de acessos as redes sociais, o tempo gasto com ela, sua "boa" relação (o conceito de boa aqui é que elas gostam de utilizar, e algumas vezes o fazem de uma forma que o proprio pai possa desconhecer) com a televisão e com a internet e sua vida social intensa.
Vida social intensa? O que seria essa vida intensa? Freqüentar escola, aulas extras, shopping?? E quem escolheu esses programas, voce ou ele??
A escola fez e faz parte da vida de muita gente (deveria fazer mais, mas nesse caso provavelmente você, e quem sabe seus pais, tiveram acesso a escola), entendo que cada vez mais as escolas cobram de seus alunos, cada qual com seu método, mas tentando dar uma boa base para seus alunos. (aqui "base" entendida como a formação acadêmica e social). Fato é que a escolha do colégio é feita pelos pais, independente de condições econômicas, pais em sua maioria tentam que colégio seja o mais apropriado para o seu filho. Sabemos que existem dificuldades para as escolas contribuírem positivamente com a socialização de seus alunos (outro ponto citado no texto), assim como os alunos e ate alguns pais contribuem para esse desenvolvimento.
Entendo que aulas e cursos extras poderiam ser um momento para ter contato com outras crianças, quiçá fazer amigos. Certo, mas isso a escola tambem possibilita! Concordo, porém com uma diferença: a participação na escolha dessas pode ser feita COM alunos e/ou filhos e assim aumentar o interesse dos mesmos.
Os cursos que seu filho fez ou faz, quem escolheu (você ou ele)?
Vai fazer inglês porque é bom para seu futuro!
Natação porque desenvolve! (não entrarei no mérito desse conceito que alguns de voces já devem ter escutado, se meus amigos educadores físicos quiserem escrever a porta esta aberta)
De que forma foi feita essa escolha? Onde entra a vontade da criança?
Os interesses podem ser um fator que aumente seu contato com outras pessoas, a própria internet pode levar a encontros presenciais (com os pais, mas isso fica p outro momento).
Me pergunto: será que o interesse pelas redes sociais não é pelo fato de algumas crianças se sentirem "livres" para fazer suas escolhas?
Essa "livre escolha" (coloco entre aspas pois o conceito de livre pode trazer diversas possibilidades de discussão, mas quero atentar para o fato de se sentirem livres, de poderem opinar sobre suas escolhas) pode ser um fator de crescimento nesse interesse, que é inversamente proporcional ao medo que os pais sentem ao deixar seus filhos livres na "rede" ou no shopping.
Acredito que uma escolha conjunta possa ser uma possibilidade de aproximaçao de filhos ou alunos, para o que Sayão chamou de uma habilidade social no mundo real, e quem sabe ela possa valer tambem no virtual.
Entendo que abrir portas para muitas possibilidade traz consigo muitas dificuldades, mas quem disse que aprender a conviver era fácil? Educar então...


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0111201110.html

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Nós e as crianças a caminho do aeroporto

Resolvi escrever esse texto pois durante meu trabalho em um evento presenciei  uma cena, a principio a distancia , e depois entrei em contato com o pai (personagem da história).
Situação :  a família  composta de casal e três filhos cheg ou  3 minutos após o horário de embarque e ficou  fora do vôo comprado.
 A posição da atendente da empresa foi verificar o que poderia fazer ,  se conseguiria fazer este embarque,  o que foi negado pela gerente  uma vez que a aeronave já estava em procedimento para a saída ,  causando indignação da família,  e  dando início a uma longa conversa .   A principio um desacordo entre a gerente e o pai, e continuou depois com a presença de responsáveis do aeroporto e a segurança.
Ponto um :  você sabe de suas responsabilidades como comprador do serviço (passagens aéreas), portanto a indignação pode existir mas não uma discussão.
 Um dos deveres como pai, mãe ou responsavel que acompanha uma criança ao aeroporto,  é  se organizar para chegar no horário, entendo que não é facil, mas veja uma situação dessas inclusive como uma ótima chance de mostrar ao seus filhos que você  também tem regras a seguir.
Em uma situação dessas a empresa tem certos procedimentos, segundo o "guia do passageiro" fornecido pela  Infraero nos aeroportos, em vôos domesticos  o tempo é de uma hora de antecedência e caso você nao se apresente a companhia pode recusar o embarque para não atrasar a decolagem. Lembrando que dentr o  do vôo existem outros passageiros que pretendem manter o horário  e  que sabemos que existem dificuldades em nossos aeroportos e empresas de aviação.
Conversando com pessoas da  Infraero  soube que  o procedimento adequado seria um diálogo no balcão da empresa contratada para ver o que era possível fazer, para ver a interpretação da companhia (entendo que nesse ponto existe uma lacuna pois  deixa a situação sem uma resposta, vai "depender" da analise da gerência) . No caso citado acima a empresa conseguiu recolocá-los em outro vôo sem custo adicional.


Extra:
Guia do passageiro (p.32) "viajar com crianças e adolescentes".  
Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca de onde reside, desacompanhada dos pais ou responsáveis sem expressa autorização judicial. Essa autorização é dispensada quando a criança estiver acompanhada de um dos pais. Alem disso é possível que as crianças e adolescentes desacompanhados de ambos os pais, desde que observada as exigências  legais.

2.   Em algum momento você de ter pensado, tudo be m, m as e os atrasos das empresas aéreas que acontecem ?   O  próprio pai (situação citada acima) comentou  que havia aguard ado  uma hora para vir . Sim, aí  essa reclamação é o seu, o nosso direito! Se a empresa atrasar temos que levar o caso a ANAC, o que será feito depois é de responsabilidade deles e nos podemos   (e devemos) ver os desdobramentos para uma melhora nos serviços.
Segundo o mesmo guia supracitado, em caso de atraso, o passageiro tem prioridade de reacomodacao em relação as pessoas que ainda nao adquiriram  passagem. Ela pode solicitar reembolso integral a partir de 4 horas de atraso e a devolução será imediata, respeitando-se o prazo e o meio de pagamento. Existe a opção de remarcação do vôo para data e horário de conveniência do passageiro.
A cia aérea deve prestar assistência
1 hora facilidade de comunicação - telefone, internet e outros
2 horas alimentação
Após 4 horas acomodação em local adequado e quando necessário serviço de hospedagem
Essa assistência e valida inclusive ao passageiro que já estiver a bordo da aeronave.

Espero ter colaborado.. Boa viagem!