quarta-feira, 15 de abril de 2015

É para curtir?

Recebi pela rede uma solicitação para curtir uma página de trabalho infantil (sim estou distorcendo a imagem de quem enviou). 
Uma proposta de treinamento (workshop) para o "mercado de trabalho infantil". Confesso que situações como essa me levam a esse tipo de “provocação”. Não quero fazer uma insinuação leviana sobre a situação, mas propor mais uma vez uma reflexão sobre o assunto. Já escrevi algumas vezes sobre o assunto (clique 123). Resolvi dessa vez colocar opiniões no texto.

Falei com pais* cujos filhos participaram de “fotos e vídeos” (propagandas) e que estava interessado em colocar alguns comentários aqui no Blog. O que eles poderiam dizer para iniciar uma conversa entre pais sobre a experiência deles? (* = pai e mãe – deixarei de forma geral para que não entre em questão o gênero, mas o argumento).

Selecionei algumas frases ou pontos que coloco abaixo:

No meu caso é por puro prazer de ver a minha filha na tv, pois pela grana não ajuda nada.  A não ser comprar em brinquedos para eles"

“No meu caso, diferente de outros pais que forçam seus filhos a fazerem poses e gestos...a força..."

“Vi casos de pais pressionando as crianças para fazer direito” 

”Não acho que seja sadio, acredito que eles podem fazer se gostarem e quiserem.”

“Eles (crianças) não podem viver uma vida que nós pais queremos”


“Agora as agências e outras empresas são outro assunto...”

“Ele começou pois vi uma promoção em um site de compras coletivas, comprei interessada em ter fotos de meu filho, no local (uma agencia) uma pessoa se apresentou interessada em agenciar meu filho.”

"No começo a criança não gostava muito, algumas pessoas não sabiam trabalhar com crianças, os produtores querem que eles trabalhem como um adulto”

"As agências oferecem trabalho no período de aula.”

“Já vi muitos pais pressionando, mas tem muita criança que adora, fica lá o tempo que for sem reclamar.”
“Agora estão um pouco mais rigorosos, quando tem um trabalho você tem que ter uma serie de documentos: frequência escolar, rendimento, autorização, uma conta no nome da criança e tudo isso é encaminhado para um juiz que decide".

Acredito que esta seja uma questão para toda a sociedade. Replicando as palavras** da diretora de Ação Social da Fundação Telefônica Vivo, Gabriella Bighett, ao descrever o mote "É da nossa Conta": "chama atenção para o aspecto de corresponsabilização da sociedade civil e do estado na garantia dos direitos da infância e da adolescência".

Qual a sua opinião?